Assim vai o mundo: tendo-me dito uma menina do meu tempo - não a via há eras! - que, por uma sua filha, era avó há dez dias, lhe dei os parabéns mas me faleceu a coragem e não fiz as perguntas costumeiras sobre casamentos, entre elas quem o seu genro fosse, no medo que o não houvesse.
Agora, regressado a casa, fui ali ao Sapo ver. Lá estão o casamento - local e data - e o genro, a minha pusilanimidade foi em vão (creio, no entanto, que percebeu os motivos da minha contenção e que não deixou de a apreciar, adepta que sempre foi de dificuldades).
sábado, junho 30, 2007
sexta-feira, junho 29, 2007
quinta-feira, junho 28, 2007
Aquela do Alberto Acácio Martins, das questões planetárias além de soez é de um atrevimento inaudito de ignorante: nós, portugueses, sabemos muito bem o que são as questões planetárias pela simples e boa razão de termos sido nós que as inventámos: Afonso de Albuquerque queria, para resolver um problema português, desviar o curso do Nilo o que era, convenha-se, planetário em suficiência para assustar - como assustou - os Martins do tempo.
O problema não é a falta de paciência e discernimento do povo português para se pronunciar sobre os problemas do mundo - que ajudou a moldar - mas outro, bem mais infeliz: o da distância - galáctica - que separa Afonso de Albuquerque - que se ocupava de problemas portugueses - do sr. Sousa, actual primeiro-ministro e colegas que sonha «resolver os problemas planetários»
O problema não é a falta de paciência e discernimento do povo português para se pronunciar sobre os problemas do mundo - que ajudou a moldar - mas outro, bem mais infeliz: o da distância - galáctica - que separa Afonso de Albuquerque - que se ocupava de problemas portugueses - do sr. Sousa, actual primeiro-ministro e colegas que sonha «resolver os problemas planetários»
segunda-feira, junho 25, 2007
O Pinto de Sousa quer-nos calados para não prejudicar a presidência europeia de Portugal (e dele...) O inglês técnico não lhe deve chegar para saber que, durante os piores dias da II Guerra Mundial, na Grã-Bretanha então sozinha e assolada pela barbárie nazi-comunista (as bombas que caíam em Londres contavam com matéria-prima soviética para as tornar mais letais), nunca deixou de haver discussão política acesa e que Churchill teve mesmo de enfrentar, no Parlamento, uma moção de censura.
Enfim...
Aturar esta gente e os argumentos criadais é cansativo, repito.
Enfim...
Aturar esta gente e os argumentos criadais é cansativo, repito.
A Loja das Meias vai fechar. A Baixa - exceptue-se, em parte, o Chiado - está decrépita: houve mudanças de hábitos e aparecimento de outros sítios, com certeza, mas tais mudanças ocorreram em todo o mundo e das capitais europeias apenas a Baixa de Lisboa desertificou tão lugubremente.
Não se pode deixar de apontar como uma das principais causas desse triste destino a inacreditável lei do arrendamento, única no mundo também no que diz respeito à parte comercial.
Depois das saloias boas intenções em «proteger a actividade comercial» aí está a realidade.
Não se pode deixar de apontar como uma das principais causas desse triste destino a inacreditável lei do arrendamento, única no mundo também no que diz respeito à parte comercial.
Depois das saloias boas intenções em «proteger a actividade comercial» aí está a realidade.
domingo, junho 24, 2007
Difícil coisa, ilustrar os festejos de São João!
E, no entanto, por essa Europa, América do Norte - e Brasil - fora...
E, no entanto, por essa Europa, América do Norte - e Brasil - fora...
sábado, junho 23, 2007
Em resumo, J lamentou que as pessoas conhecidas fossem muito pouco cultas. Assenti que algumas o eram, mas cá para mim pensei que bem queria lá eu saber se leram este ou aquele se não tiverem manières de table e que me sinto muito feliz por se poder conversar longa e pausadamente - ou com algum entusiasmo - sobre alguns assuntos tidos como fúteis, tais a falta de representantes em Portugal de algumas coisas quase indispensáveis, desde ideias, humour, vestimentas, a colónias usáveis.
quinta-feira, junho 21, 2007
quarta-feira, junho 20, 2007
Parece, segundo notícia do Expresso, que o Sr. Sousa, primeiro-ministro actualmente em exercício, terá apresentado queixa contra o Sr. Dr. António Balbino Caldeira na questão do título de engenheiro que o outro gosta tanto de ostentar.
Esperemos que o Sr. Dr. Balbino Caldeira deixe os tribunais cabalmente esclarecidos quanto à justeza do que escreveu e saia severamente punida a atoleimada e fantasiosa vaidade.
Entretanto, é de não perder a leitura do post de hoje, 20 de Junho no Portugal Profundo. Leitura que deve ser demorada, meditada, para termos noção de como se pode ser enxovalhado neste Portugal do séc. XXI.
Esperemos que o Sr. Dr. Balbino Caldeira deixe os tribunais cabalmente esclarecidos quanto à justeza do que escreveu e saia severamente punida a atoleimada e fantasiosa vaidade.
Entretanto, é de não perder a leitura do post de hoje, 20 de Junho no Portugal Profundo. Leitura que deve ser demorada, meditada, para termos noção de como se pode ser enxovalhado neste Portugal do séc. XXI.
terça-feira, junho 19, 2007
«Mário Lino diz que opção 'Portela + 1' não é viável»
Pergunto-me como o sabe ele.... terá mandado estudar a questão ou é um mero palpite?
Enfim...
E tudo isto é tãooooooo cansativo.
Ontem estive a ler um pouco do Costigan "Retratos de Portugal" que só conhecia em segunda mão, por citações. Nada animador, nada animador - como, aliás, já sabia.
O único consolo que tiro desta literatura de viagens em Portugal - para saber mais e a sério sobre o assunto, leia-se Castelo-Branco Chaves - dizia eu que o único consolo que tirava destas leituras é a confirmação do que há muito tempo penso, que optámos por não viver no mundo, que dele nos apartámos sem pena há longo tempo e que as nossas mudanças não são tanto de regimes ou de governos quanto de géneros literários ou de autores. Agora, por exemplo, vivemos num burlesco sem génio, sem fôlego.
Pergunto-me como o sabe ele.... terá mandado estudar a questão ou é um mero palpite?
Enfim...
E tudo isto é tãooooooo cansativo.
Ontem estive a ler um pouco do Costigan "Retratos de Portugal" que só conhecia em segunda mão, por citações. Nada animador, nada animador - como, aliás, já sabia.
O único consolo que tiro desta literatura de viagens em Portugal - para saber mais e a sério sobre o assunto, leia-se Castelo-Branco Chaves - dizia eu que o único consolo que tirava destas leituras é a confirmação do que há muito tempo penso, que optámos por não viver no mundo, que dele nos apartámos sem pena há longo tempo e que as nossas mudanças não são tanto de regimes ou de governos quanto de géneros literários ou de autores. Agora, por exemplo, vivemos num burlesco sem génio, sem fôlego.
segunda-feira, junho 18, 2007
Entretanto, ainda o assunto aeroporto. JPP diz: «Se foi o Primeiro-ministro Sócrates "que pediu à CIP para avançar com estudo de alternativa à Ota", como disse o presidente da CIP sem desmentido governamental, por que razão andou ele próprio e o ministro Mário Lino a mentir-nos de há quatro meses para cá? Mentira é a palavra certa, mais má fé, mais dolo, tudo palavras certas para descrever o que aconteceu (e se calhar continua a acontecer agora mesmo) : o engano deliberado dos portugueses, a manipulação de todos nós.»
E mais:
«Sabem o que cada vez mais isto me parece, a sensação com que já fiquei depois da história do "diploma"? É que é tudo muito parecido com o estilo das "jotas", uma indiferença face à honestidade e à verdade, uma política feita de trapalhices e trapacices, um vale tudo para manter o poder, ganhar uns pontinhos, esmagar um adversário, um autoritarismo com os fracos e subserviência para com os fortes, um parecer mais que ser. A todo o custo. »
Também acho...
E mais:
«Sabem o que cada vez mais isto me parece, a sensação com que já fiquei depois da história do "diploma"? É que é tudo muito parecido com o estilo das "jotas", uma indiferença face à honestidade e à verdade, uma política feita de trapalhices e trapacices, um vale tudo para manter o poder, ganhar uns pontinhos, esmagar um adversário, um autoritarismo com os fracos e subserviência para com os fortes, um parecer mais que ser. A todo o custo. »
Também acho...
Passei o fim-de-semana longe de blogs e informação em geral e só agora me apercebo que é já uma divulgada verdade o Senhor Dr. António Balbino Caldeira ter sido mesmo incomodado como arguido por causa da complexa licenciatura do primeiro-ministro em exercício.
Coisas de país pobre e sem princípios, bem sei, mas às vezes esquece-se a gente onde vive.
Coisas de país pobre e sem princípios, bem sei, mas às vezes esquece-se a gente onde vive.
Liberdade: the real thing e as compradas na loja dos trezentos
Acabo de ler o Portugal Profundo e, por ele, saber que o seu autor foi constituído arguido (!!!!!!) no assunto "dossier Sócrates". Tal dossier, nunca é demais (re)lembrar está relacionado com o Sr. Sousa, actual primeiro-ministro, que usou em "sites" oficiais e deixou que figurasse no Diário da República um título - o de engenheiro - a que, claramente e inequivocamente não tem qualquer direito; e que, sobre a licenciatura em si - um assunto sem história ou controvérsia para milhares de licenciados portugueses - não conseguiu produzir - salvo erro - dois documentos que condissessem na atestação dos termos da mesma (o certificado existente na Câmara Municipal da Covilhã, igualmente diferente de quaisquer outros, não deveria, por si só, ter desencadeado um inquérito?)
Que o autor deste blog se lembre, todas as afirmações a propósito desse assunto contidas no Portugal Profundo foram feitas com sólidos suportes documentais e elaboradas a partir deles - como tenho visto pouco neste país.
Por isso, estranho - e ainda ponho a hipóteses de se tratar de alguma brincadeira de mau gosto - que o autor do blog Portugal profundo tenha sido constituído arguido!
Enquanto isto, enquanto há, neste país, gente que é incomodada pela inconveniência de dizer verdades pouco abonatórias para a vaidade e prosápia dos Sousas destes pobres mundos, noutros países, na Grã-Bretanha, por exemplo, saem, ano após ano, sem que os seus autores sejam acusados de qualquer crime, livros onde se afirma, entre outras coisas espantosas, que a actual Soberana britânica teve affaires extra-matrimoniais mais se acrescentando que os seus filhos mais novos, Duque de York e Conde de Wessex não o são de seu Marido, o Principe Consorte (o que, no Reino Unido, teria até repercussões constitucionais na ordem da sucessão ao Trono Britânico!...
Lá, porém, no pasa nada e os sites e os livros continuam... é a liberdade a sério, the real thing e, claro, a consciência tranquila dos alvos de tais dislates, uma força tão imensa quanto calmante.
Aqui, é a liberdade de pechisbeque - a condizer com o resto.
Acabo de ler o Portugal Profundo e, por ele, saber que o seu autor foi constituído arguido (!!!!!!) no assunto "dossier Sócrates". Tal dossier, nunca é demais (re)lembrar está relacionado com o Sr. Sousa, actual primeiro-ministro, que usou em "sites" oficiais e deixou que figurasse no Diário da República um título - o de engenheiro - a que, claramente e inequivocamente não tem qualquer direito; e que, sobre a licenciatura em si - um assunto sem história ou controvérsia para milhares de licenciados portugueses - não conseguiu produzir - salvo erro - dois documentos que condissessem na atestação dos termos da mesma (o certificado existente na Câmara Municipal da Covilhã, igualmente diferente de quaisquer outros, não deveria, por si só, ter desencadeado um inquérito?)
Que o autor deste blog se lembre, todas as afirmações a propósito desse assunto contidas no Portugal Profundo foram feitas com sólidos suportes documentais e elaboradas a partir deles - como tenho visto pouco neste país.
Por isso, estranho - e ainda ponho a hipóteses de se tratar de alguma brincadeira de mau gosto - que o autor do blog Portugal profundo tenha sido constituído arguido!
Enquanto isto, enquanto há, neste país, gente que é incomodada pela inconveniência de dizer verdades pouco abonatórias para a vaidade e prosápia dos Sousas destes pobres mundos, noutros países, na Grã-Bretanha, por exemplo, saem, ano após ano, sem que os seus autores sejam acusados de qualquer crime, livros onde se afirma, entre outras coisas espantosas, que a actual Soberana britânica teve affaires extra-matrimoniais mais se acrescentando que os seus filhos mais novos, Duque de York e Conde de Wessex não o são de seu Marido, o Principe Consorte (o que, no Reino Unido, teria até repercussões constitucionais na ordem da sucessão ao Trono Britânico!...
Lá, porém, no pasa nada e os sites e os livros continuam... é a liberdade a sério, the real thing e, claro, a consciência tranquila dos alvos de tais dislates, uma força tão imensa quanto calmante.
Aqui, é a liberdade de pechisbeque - a condizer com o resto.
Alguns dos grandes empresários portugueses têm medo de serem prejudicados pelo goveno por causa de opiniões e acções perfeitamente legítimas e, pelo seu lado, o governo socialista parece não estranhar tal medo! Pouco se poderá dizer de pior deste lameiro onde viemos parar e a principal preocupação dos portugueses será - ou devia ser - descobrir como sair dele.
Por lameiro, é interesssante verificar o medo ou ódio do governo e um pouco do regime - que apenas formalmente ainda é uma democracia , à diferença de opiniões. Ora, se faz favor de verificarem os senhores leitores por si próprios.
Por lameiro, é interesssante verificar o medo ou ódio do governo e um pouco do regime - que apenas formalmente ainda é uma democracia , à diferença de opiniões. Ora, se faz favor de verificarem os senhores leitores por si próprios.
sábado, junho 16, 2007
E, de novo, o Doutor Vasco Pulido Valente, no «Público» de hoje, sábado:
«O medo move a CIP como o último empregado do último serviço do mais miserável ministério. O santo medo do patrão que faz de Portugal este país pacífico e ordeiro que o mundo admira.»
«O medo move a CIP como o último empregado do último serviço do mais miserável ministério. O santo medo do patrão que faz de Portugal este país pacífico e ordeiro que o mundo admira.»
sexta-feira, junho 15, 2007
Doutor Vasco Pulido Valente, no «Público» de hoje:
«Porque ou este adiamento é de facto uma pura e aviltante manobra do Governo, que exibe sem vergonha o seu desprezo pelos portugueses, como pretendem os maledicentes; ou o episódio demonstra a total incapacidade do país para se governar a si próprio. Seja como for, o triste caso do "novo aeroporto de Lisboa" revela um Portugal irresponsável e mesquinho, que não merece respeito ou inspira esperança. »
Itálicos deste acabrunhado leitor.
«Porque ou este adiamento é de facto uma pura e aviltante manobra do Governo, que exibe sem vergonha o seu desprezo pelos portugueses, como pretendem os maledicentes; ou o episódio demonstra a total incapacidade do país para se governar a si próprio. Seja como for, o triste caso do "novo aeroporto de Lisboa" revela um Portugal irresponsável e mesquinho, que não merece respeito ou inspira esperança. »
Itálicos deste acabrunhado leitor.
quinta-feira, junho 14, 2007
"No talho da sua rua, se alguém insultar o patrão o que lhe acontece?"
frase da autoria da tal dren.
"Insultar o patrão"!...
frase da autoria da tal dren.
"Insultar o patrão"!...
Ontem, dia 13, tudo funcionou aqui a meio gás por ser feriado em Lisboa. Houve correio, todavia, e chegou a última encomenda que fiz na Amazon, de modo que estive, à tarde, a ler o «Fathers and Sons» do Alexander Waugh. Os Waugh são uma autêntica guilda de escritores e literatos -em pouco mais de 100 anos publicaram perto de 180 livros... - e o livro, que conta parte das suas histórias, podia bem chamar-se Waugh, Waugh, Waugh, Waugh & Waugh, Literary Inc.
O pai de Evelyn era ridicule e possidoneco, o que me faz pensar que, filho de um pai assim, não terá sido descabida a observação de sua primeira sogra, Lady Burghclere, quando explicou ao autor de Brideshead, seu breve genro, que ele não era, como de boa-fé até então se julgara, um gentleman - situação maçadora que persiste em alguns dos seus narradores.
O pai de Evelyn era ridicule e possidoneco, o que me faz pensar que, filho de um pai assim, não terá sido descabida a observação de sua primeira sogra, Lady Burghclere, quando explicou ao autor de Brideshead, seu breve genro, que ele não era, como de boa-fé até então se julgara, um gentleman - situação maçadora que persiste em alguns dos seus narradores.
terça-feira, junho 12, 2007
Inutilidades: acordar bem-disposto (se para verificar que a esta hora já o contentamento todo se erodiu. Antes começar o dia com aquele péssimo humor asténico que nos faz ruir, silenciosamente, ainda de roupão, sobre o sofá mais próximo e esperar de barba por fazer e num abjecto jejum que o mundo nos caia em cima ou, pelo menos, que sejamos atingidos por pequenas avalanchas de infelicidade - que, a seu modo, não deixam de ser reconfortantes).
segunda-feira, junho 11, 2007
Fui ao Portugal dos pequeninos e lá estava a petição. Fui ver. Sim, já tinha assinado. Resolvi dar uma vista de olhos. De amigos meus, pouquíssima gente! Os nomes meus conhecidos estão lá, mas são quase sempre dos filhos deles, gente que, às vezes, só vi no dia do baptizado (e a alegria de saber que cresceram sãozinhos é a única recompensa para a falta dos nomes dos pais - a alguns dos quais tinha enviado o link da petição...).
Mas faltam, a gente da minha idade não está lá. Já enviei mails a protestar pelo amolecimento cerebral que, suspeito, não é o verdadeiro culpado - inclino-me mais para a preguiça e o mero não querer ser desagradável para e com quem quer que seja. Eu sei, eu sei, não ser desagradável, nunca.
Mas um regicida em Santa Engrácia?
Mas faltam, a gente da minha idade não está lá. Já enviei mails a protestar pelo amolecimento cerebral que, suspeito, não é o verdadeiro culpado - inclino-me mais para a preguiça e o mero não querer ser desagradável para e com quem quer que seja. Eu sei, eu sei, não ser desagradável, nunca.
Mas um regicida em Santa Engrácia?
sábado, junho 09, 2007
A ler e reler: o artigo do Doutor Vasco Pulido Valente, hoje, no Público.
Uma amostra, com todas as devidas vénias:
«Queridos leitores do PÚBLICO,
Um bando de
facciosos, para não dizer de loucos,
resolveu agora convencer o país de que o nosso querido primeiro-ministro se inclina excessivamente para o autoritarismo e já criou por aí um clima pouco democrático. Nada mais falso e aberrante. Se o sr. primeiro-ministro decidiu, por exemplo, transferir para si próprio a tutela directa dos serviços de segurança (SIS, SIRP e SIED) e das polícias, não foi para aumentar o seu poder. De maneira nenhuma, foi por meras razões de "funcionalidade"; uma medida patriótica, destinada exclusivamente a garantir a segurança do cidadão e a poupar dinheiro ao contribuinte. Se a canzoada, que não pára de ladrar às pernas de um tão patriótico benemérito, não percebeu esta evidência, tanto pior para ela.»
Uma amostra, com todas as devidas vénias:
«Queridos leitores do PÚBLICO,
Um bando de
facciosos, para não dizer de loucos,
resolveu agora convencer o país de que o nosso querido primeiro-ministro se inclina excessivamente para o autoritarismo e já criou por aí um clima pouco democrático. Nada mais falso e aberrante. Se o sr. primeiro-ministro decidiu, por exemplo, transferir para si próprio a tutela directa dos serviços de segurança (SIS, SIRP e SIED) e das polícias, não foi para aumentar o seu poder. De maneira nenhuma, foi por meras razões de "funcionalidade"; uma medida patriótica, destinada exclusivamente a garantir a segurança do cidadão e a poupar dinheiro ao contribuinte. Se a canzoada, que não pára de ladrar às pernas de um tão patriótico benemérito, não percebeu esta evidência, tanto pior para ela.»
Agradeço, muito obrigado e grato, ao Réprobo - que leio sempre com muito gosto - o ter-se lembrado, por antinomia, do Impensavel, no que a pensativos blogs toca.
quinta-feira, junho 07, 2007
quarta-feira, junho 06, 2007
segunda-feira, junho 04, 2007
A.J. (antes do jantar): esta da suspensão do mandato quando alguém eleito é constituído arguido é a prova de que alguns dos mais elementares princípios do estado de direito - o da presunção da inocência é um deles - ainda não foram digeridos aqui (aliás, o Código de processo Penal atropela-o, artigo sim artigo não sem que ninguém se escandalize).
Tenho escrito pouco aqui: a questão é que pus o portátil num daqueles guéridons pequenos ao lado do cadeirão e não dá muito jeito escrever debruçado.
Leio "Uma vida com Karol" de Stalinao Dziwisk. Num tempo em que a mediocridade da triste e esmagadora maioria dos leaders mundiais é tão acabrunhante que alívio ler sobre um grande homem!
Leio "Uma vida com Karol" de Stalinao Dziwisk. Num tempo em que a mediocridade da triste e esmagadora maioria dos leaders mundiais é tão acabrunhante que alívio ler sobre um grande homem!
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