O acordo é uma pulhice inconcebível em qualquer democracia avançada e nem sequer devia ter existido, mas, não é nada pacífico que esteja em vigor: há condições que não foram preenchidas (elaboração do vocabulário ortográfico comum da língua portuguesa no que se refere às terminologias científicas e técnicas, por exemplo - interessante notar que tudo o que se traduziria por trabalho efectivo não está feito).
O espantoso, porém, é alguém que foi ministro da cultura escrever isto, achar que é uma situação muito preocupante e não ter lutado pela denúncia do tratado que institui o acordo, ficar-se por uns escandalosos paninhos quentes.
Mas esta tibieza miseranda não tem de ser, necessariamente, a nossa sina triste: sei que a denúncia do tratado seria uma atitude de uma grande coragem, própria de um grande político, coisa que não temos, mas mesmo assim não é impossível; e lá porque são fracos e timoratos, não venham clamar a inevitabilidade da coisa: nada é inevitável, muito menos tratados internacionais: a históra está pejada deles e alguns, ao serem rasgados, impediram muita desgraça.
Sem comentários:
Enviar um comentário