A coisa escrevente e Reis explicaram: são as grandezas futuras do 5º império tecnocrático. Nós ficamos com a parte dos naufrágios desta nova história trágico-marítima.
O que resulta do debate naquele programa é da dificuldade de uma política de afirmação da língua ou lusofonia sustentada no labor diário, pequeno, sem glória imediata: a porta estreita; e a sedução pelo instântaneo, pelo artificial, pelo mágico, em suma, por tudo o que nos conduziu à cauda da Europa: é a escolha do arco triunfal pré-fabricado, da solução rápida: é o chamamento quibírico.
Com os resultados que estão à vista.
Até aqui, o post oficial.
Agora entre nós: excelente o Prof. António Emiliano que calou Reis quanto às falácias de serviço: a da aproximação da língua escrita e falada e a da facilidade de aprendizagem.
Vasco Graça Moura esteve bastante bem, calmo e rebatendo Reis (tenho pena do Eça, aquele Reis não lhe assenta nada bem).
Maria Alzira Seixo esteve, também, muito bem e pertenceu-lhe, embora involuntariamente, o momento alto do programa quando falou de como dizia a Sophia que não podia escrever dansa para desvendar depois que Sophia intuíra a existência desse «s» dansante que havia existido num étimo longínquo, ou quando contava como explicava a Fiama que não podia escrever cysne. Nesta altura a câmara focou a coisa escritora coisinha que, do outro lado a olhava digamos que tristonha. Foi magnífico.
Bom, também, quando apostrofou Nuno Júdice sobre o que era uma reforma e a altura delas - que, seguramente, não é esta em que vivemos. Percebeu-se que Júdice tinha, claramente percebido e intimamente concordado, o que não deixa de produzir o seu efeito.
Entretanto, e enquanto o governo socialista de Portugal programa futuros gloriosos a par com o Brasil, enquanto isso....
As estimativas mais recentes do INE apontam para que, em Portugal, existam cerca de dois milhões de pobres, isto é, 20% da população nacional. Manuel de Lemos, presidente da União das Misericórdias Portuguesas, instituição responsável pela maior rede de acção social do país revela que “em 2007 o aumento de pessoas carenciadas ou em situação social muito precária aumentou de forma brutal”. “É assim: sempre que a economia vai mal e há mais desemprego, a nossa actividade aumenta”. “No ano passado atendemos centenas de milhares de pessoas com vários tipos de carências”, junta. Manuel de Lemos assinala que “até as Misericórdias se defrontam com problemas de escassez de certos bens, de leite por exemplo”.
O que resulta do debate naquele programa é da dificuldade de uma política de afirmação da língua ou lusofonia sustentada no labor diário, pequeno, sem glória imediata: a porta estreita; e a sedução pelo instântaneo, pelo artificial, pelo mágico, em suma, por tudo o que nos conduziu à cauda da Europa: é a escolha do arco triunfal pré-fabricado, da solução rápida: é o chamamento quibírico.
Com os resultados que estão à vista.
Até aqui, o post oficial.
Agora entre nós: excelente o Prof. António Emiliano que calou Reis quanto às falácias de serviço: a da aproximação da língua escrita e falada e a da facilidade de aprendizagem.
Vasco Graça Moura esteve bastante bem, calmo e rebatendo Reis (tenho pena do Eça, aquele Reis não lhe assenta nada bem).
Maria Alzira Seixo esteve, também, muito bem e pertenceu-lhe, embora involuntariamente, o momento alto do programa quando falou de como dizia a Sophia que não podia escrever dansa para desvendar depois que Sophia intuíra a existência desse «s» dansante que havia existido num étimo longínquo, ou quando contava como explicava a Fiama que não podia escrever cysne. Nesta altura a câmara focou a coisa escritora coisinha que, do outro lado a olhava digamos que tristonha. Foi magnífico.
Bom, também, quando apostrofou Nuno Júdice sobre o que era uma reforma e a altura delas - que, seguramente, não é esta em que vivemos. Percebeu-se que Júdice tinha, claramente percebido e intimamente concordado, o que não deixa de produzir o seu efeito.
Entretanto, e enquanto o governo socialista de Portugal programa futuros gloriosos a par com o Brasil, enquanto isso....
As estimativas mais recentes do INE apontam para que, em Portugal, existam cerca de dois milhões de pobres, isto é, 20% da população nacional. Manuel de Lemos, presidente da União das Misericórdias Portuguesas, instituição responsável pela maior rede de acção social do país revela que “em 2007 o aumento de pessoas carenciadas ou em situação social muito precária aumentou de forma brutal”. “É assim: sempre que a economia vai mal e há mais desemprego, a nossa actividade aumenta”. “No ano passado atendemos centenas de milhares de pessoas com vários tipos de carências”, junta. Manuel de Lemos assinala que “até as Misericórdias se defrontam com problemas de escassez de certos bens, de leite por exemplo”.
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