segunda-feira, junho 23, 2008

Pela primeira vez que alguém pôe em dúvida a necessidade de mais cimento e se interroga sobre os meios para o pagar.
Não sei se a voz de Manuela Ferreira Leite é a voz pela qual clamamos. É, desde já, uma voz educada, civilizada, que sabe bem ouvir, depois da estridência roufenha com que Pinto de Sousa berra ao país as mentirolas canhestras que engendra. Por mim, estou farto de gente malcriada.
A muitos poderão parecer estas minhas observações muito superficiais e fúteis mas quem gosta de algum sossego e detesta a ululância comprender-me-à.
"Superficial e fútil", é, aliás, um dos defeitos que noto no actual governo. Em tese geral nada tenho contra o superficial - sempre estranhei esta má vontade contra o à flor da pele, com cultos tão entusiastas a outros propósitos - e gosto do fútil, mas no caso do actual governo, a falta de gosto tem incustrada uma leviandade-moçoila-serrana que exigiria para um mínimo de adesão, um esforço pouco consentâneo com a dispersão do dia-a-dia moderno. Um toque Zsa Zsa Gabor no primeiro-ministro e converter-me-ia. Isto é que não.

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