segunda-feira, junho 09, 2008

Li, há anos, um ensaio sobre Shakespeare e a conclusão consistia... a verdade é que me esqueci, mas era, seguramente, uma destas duas: ou que a sua obra tinha mostrado aos seus contemporâneos que eram mais complicados do gostavam de admitir, ou, inversamente, que ocultavam sob a aparente complexidade uma simplicidade que os vexaria. Creio que a minha dúvida ficou porque ambas são muito plausíveis, embora em todos os tempos e lugares o demasiado conhecimento sobre nós nos perturbe um pouco. Resquícios do tempo em que éramos presas de animais - e do nosso semelhante - e que um truque bem escondido, uma singularidade de comportamento, podia livrar-nos de uma morte desagrádavel.

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