Franco achava os portugueses cobardes. Não creio que sejam: suportaram a guerra em África durante 13 anos, muito para além do razoável (e antes, daquela, muitas outras).
Acabada essa guerra e consumado o fim do império ficámos, como dizia o outro, sem emprego. E pelas coisinhas daqui, os ganhos, sejamos francos, não o justificam, não valem zangas, desconchavos, muito menos derramamentos de sangue. Há coisas que, já se sabe, acabam por mudar de mãos de tempos a tempos, mas é com recato, de forma ordeira, por decreto-lei e tudo feito por bem.
Por isso, se não há guerras, não é cobardia: é por não ser preciso (e ficava mal, podia ser ridículo, e o medo do ridículo, do que dirão, leva-nos a evitar os excessos que os espanhóis, ao contrário de nós, adoram).
E lido isto, quer passar V. Exia. aos outros posts? Ora, é favor, por obséquio, ora se faz favor, por obséquio...
Sem comentários:
Enviar um comentário