Entretanto, creio que toda a gente percebeu que o modelo das obras públicas se esgotou irremediavelmente e que o crescimento económico de Portugal vai exigir um sofisticado apego à realidade e engenho (pouco abundante entre nós, ao contrário do que se propala).
A época da política do fontanário acabou e o pobre Sócrates com os seus títulos falsos, a sua formação académica precária, a sua rusticidade de arraial revelou-se, de repente, tão antigo quanto realmente, e a contra-gosto, é. Não sendo ilustrado, o engenheiro ilustra um tempo que acaba. Talvez, com sorte, se transforme em mais uma alegoria sobre as desventuras de nascer no tempo errado.
Um dia - espero que ainda em tempo útil - gostaria de saber porque - para além da preguiça - me deixo ficar por aqui nestes fins-de-semana tórridos.
Sem comentários:
Enviar um comentário