O artigo no Público de hoje de Vasco Pulido Valente é para ler com a atenção que se deve conceder à leitura da bula de um remédio de que dependa muito a nossa saúde.
Está transcrito, em parte, aqui.
Está transcrito, em parte, aqui.
Transcrevo também (quid abundat non nocere) a parte do aviso quanto à tese do caos, por a ter já visto defendida por Clara Ferreira Alves que, quando o fez, tomou o ar das velhas professoras de aulas de tempos idos quando, após um período de descontracção, queriam significar que se voltava à exposição da matéria e que era preciso estar toda a gente calada e com atenção.
«Começa agora a surgir por aí um argumento, que se aproxima da chantagem e que é bom perceber e recusar: o argumento de que o país não sobrevive sem a maioria absoluta do PS. Ou seja, o argumento de que sem a autoridade de Sócrates cairíamos rapidamente no caos. Da geral falência do Governo, sobrou, muito a custo, esta imagem do "homem forte", que, teoria, justifica o resto. Além do odor à velha convicção de que o indígena gosta que mandem nele, há aqui a extraordinária ideia de que mais vale um primeiro-ministro incompetente e cego a uma solução qualquer que, embora frágil ou efémera, evite a persistência no erro. O juízo imparcial e desinteressado do Economist e da Standard & Poor's mostra o perigo de confiar no incontrolável. Uma dose de Sócrates levou ao que levou. Quem sabe ao que levará a segunda?»
(italicos e sublinhados meus)
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