Encontrei na net o Manuscrito do Conde Jan Potocki que eu conheço de, durante meses, ter sido o livro que a mãe de amigos meus lia à camilha provinciana, por entre chá e torradas e instruções ao pessoal doméstico. Um dia perguntei se o Manuscrit trouvé à Saragosse - era bom; respondeu-me que sim, que era muito bom, e que mais tarde o devíamos ler. E reencontrei-o alguns anos depois, quando lia as coisas dos surrealistas. Um pasmo!, mas breve: nunca li mais do que algumas páginas, no medo de perder nele muitos dos haveres que ajudam a manter uma alma crédula e simples. E, passados todos estes anos e apesar do desconto, vou manter as coisas como estão.
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