Escreve Vasco Pulido Valente hoje no Público:
«O que me espanta é a tranquilidade ou, se preferirem, a passividade. Houve manifestações, meia dúzia com muita gente, mas pacata e "ordeira"; e alguma violência, mas limitada e ocasional. E há dia a dia na televisão a tristeza do país, que chora resignadamente a sua vida e fala em emigrar. O pessimismo português não degenerou numa visão apocalíptica da Pátria, nem sequer, como é costume, numa subespécie de messianismo. Ninguém espera do futuro nada de bom? Ninguém. E o medo voltou? Voltou. Só que não se manifesta. Portugal não reage às desgraças que lhe anunciam ou que já sofre. Parece que deixou de se interessar por si e que aceitará, inerme, o que vier.[...]»
Mas o porquê de tanta tranquilidade já o tinha fornecido o mesmo Historiador:
«Voltámos, como de costume, a uma "inferioridade", que desta vez não é atribuível a qualquer demónio externo ou azar histórico. E não existe no saco dos milagres outro 25 de Abril para nos "salvar". » in Público, 26/4/2008, «O 25 de Abril».
«O que me espanta é a tranquilidade ou, se preferirem, a passividade. Houve manifestações, meia dúzia com muita gente, mas pacata e "ordeira"; e alguma violência, mas limitada e ocasional. E há dia a dia na televisão a tristeza do país, que chora resignadamente a sua vida e fala em emigrar. O pessimismo português não degenerou numa visão apocalíptica da Pátria, nem sequer, como é costume, numa subespécie de messianismo. Ninguém espera do futuro nada de bom? Ninguém. E o medo voltou? Voltou. Só que não se manifesta. Portugal não reage às desgraças que lhe anunciam ou que já sofre. Parece que deixou de se interessar por si e que aceitará, inerme, o que vier.[...]»
Mas o porquê de tanta tranquilidade já o tinha fornecido o mesmo Historiador:
«Voltámos, como de costume, a uma "inferioridade", que desta vez não é atribuível a qualquer demónio externo ou azar histórico. E não existe no saco dos milagres outro 25 de Abril para nos "salvar". » in Público, 26/4/2008, «O 25 de Abril».
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