Li agora no Público: uma ambulância com um doente com sintomas de ataque cardíaco foi parada pela brigada de trânsito que resolveu fazer testes de alcoolémia ao condutor, indagar do porquê das luzes de emergência, etc. O doente morreu pouco depois de ter chegado ao hospital.
Os guardas deviam ir hoje mesmo para o olho da rua e, amanhã, sem demora, ser-lhes instaurado um processo crime. Mas, não só não irão, quanto este tipo de afirmações é catalogada de populista, etc., etc. O que aconteceu é, porém, elucidativo de duas coisas: do pouco que vale a vida humana neste Portugal ainda mentalmente rural - onde, indiferenciadamente, tanto dava que morresse João quanto José, já que cavar ou mondar não exige grandes manifestações de individualidade - e de como os políticos & demais dessa gente não são menos campónios do que os muito resignados campónios que ainda somos (conquanto previdentemente, uma vez que olharam lá para fora e gostaram, se fabriquem situações de isenção destas aflições miseráveis).
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