Na rtp 1, paga por nós, vários minutos de publicidade grátis a um dicionário "actualizado" do português combinado entre os governos de Portugal e Brasil.
A coisa é apresentada como um facto consumado e como um "avanço" , esquecendo-se que as grandes linguas do futuro, o inglês, o castelhano, até o francês têm todas as as duplas consantes, todos os males, todos os c antes de t, todos os p antes de t que os dois países analfabetos funcionais, Portugal e Brasil querem festivamente eliminar, com a sua pobre crença na magia legislativa.
O que não se elimina por acordos é a vergonhosa realidade, e valha como exemplo do que ela é a situação da matemática nos dois países: o Brasil, está perto do último lugar no mundo quanto às aptidões dos seus alunos em matemática (matéria pouco dada a acordos e evoluções) e Portugal está, também, numa vergonhosíssima posição.
Essa realidade não se modifica com saloiicies e diz bem sobre a miséria dos dois falhados países (e dos seus medíocres políticos) que se alegram agora com a celebração, esperemos que sem efeito, dos acordos ortográficos.
Aliás, ninguém se pergunta sobre as vantagens trazidas pelas «reformas» ortográficas de 1911 - antes dessa não havia diferenças de ortografia entre Portugal e Brasil: as diferenças foram criadas artificialmente, via comissões - e 1945, para tentar o obviar aos males de 1911.
Eu, pelo menos, não vejo que benéficos frutos produziram.
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