Já em Fevereiro do ano passado me dava por contente com a justeza da observação de Nancy Mitford numa carta a Waugh sobre a tristeza do narrador em Brideshead que, julgo, me dá razão quando penso que o livro está às avessas. É que a corda, acho, devia partir para o lado do narrador, de Charles, que passa muito inverosimilmente impune pela desgraça quanto à Graça Divina (por vezes quase destruidora) e que essa inexplicável tristeza não passa da consciência pesada de Waugh por causa disso.
Não sei. Sei que Lady Nancy também achou estranho.
No entanto, permito-me discordar, Cara Lady Charlotte, quanto à salvação. Salvação há: até em demasia. Pus-me, aliás, até a hipótese de a tristeza, a melancolia poder originar-se desse excesso de oferta salvífico sobre os pecadores, com a consequente diminuição do risco hubriático (sempre desvantajoso em humanos) e consequente tédio narrativo, quando o pretendido seria que recaísse apenas sobre a pedra dos velhos solares ingleses que também desafiavam os tempos.
Não sei. Sei que Lady Nancy também achou estranho.
No entanto, permito-me discordar, Cara Lady Charlotte, quanto à salvação. Salvação há: até em demasia. Pus-me, aliás, até a hipótese de a tristeza, a melancolia poder originar-se desse excesso de oferta salvífico sobre os pecadores, com a consequente diminuição do risco hubriático (sempre desvantajoso em humanos) e consequente tédio narrativo, quando o pretendido seria que recaísse apenas sobre a pedra dos velhos solares ingleses que também desafiavam os tempos.
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