Depois de discorrer sobre alguns motivos internos para a espantosa vitória de Menezes, escreve hoje o surpreendido Doutor Pulido Valente na sua crónica no Público sob o título «Menezes, por exemplo»
"Mas não será possível que a explicação para a vitória de Menezes esteja fora e não dentro do PSD? Comecemos pelo mais simples. É hoje óbvio que Sócrates falhou. O equilíbrio financeiro foi feito à custa do aumento da receita, que começa a pesar insuportavelmente sobre os portugueses de qualquer idade e rendimento, e não pela prometida, anunciada e glorificada reforma do Estado, que ninguém viu ou verá. A economia não cresce. O desemprego aumenta. E não se vê saída para este buraco a que nos levaram. Quem votou em Menezes não votou, no fundo, contra Sócrates? Não votou na mudança? Numa maneira, talvez não muito boa e até suicida, de agitar as coisas? Não votou por desespero?A pergunta não é frívola, porque, se de facto o PSD não escolheu Menezes pelo duvidoso mérito de Menezes, mas por execração a Sócrates, disso decorre que Menezes provavelmente ganhará em 2009."
(bolds meus).
Eu, francamente, o que me preocupa é que este óbvio não seja tão óbvio quanto devia ser. Mas, enfim, antes, por exemplo, o Dr. Menezes que Sócrates, "o Engenheiro". Por exemplo.
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