Morreu o Druot. Quando soube, mais do que a leitura do Les Rois Maudits ( nos Livres de Poche) lembrei-me da tarde de Setembro de há muitos anos, em que em que uma amiga, impressionada pelas honras, benesses e proventos dos marechais de França, leu aos presentes, num francês impecável - quase inverosímil no jardim da velha quinta beirã - o rol dessas opulências: «Montmorency, le connétable... »
Nesse Setembro - nessa mesma tarde dos anos 80 - por meu lado, lia Chamfort, que me deprimiu inacreditavelmente. Nunca o acidulado me assentara até aí mal e só me achei em igual estado de exaustão moral quando, há pouco tempo, tentei reproduzir uma vinnaigrette óptima para pôr - sobre um estrado fino de manteiga sem sal - nas sandwichs de pepino e de que perdi, creio que irremediavelmente, a receita.
Era isto a propósito de Druot que morreu, dos Rois Maudits e de leituras de noviço.
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