terça-feira, março 17, 2009

Passei horas à procura de «Três homens num bote». Encontrei agora, arrumado, na estante errada, isto é, na situação mais difícil de todas para uma busca frenética bem sucedida. Quando um livro está franca e lealmente desarrumado, basta alguma sorte para o encontrar, num daqueles discretos monturos de papéis velhos, constituídos por postais de há 20 anos, programas de São Carlos, mapas dos autocarros de Stavanger, catálogos Sony de 1994, números da Kapa e livros avulso, tudo interditado à empregada e à nossa própria diligência (os perigosíssimos assomos de boas intenções!) sob penas e maldições severas.
Mas quando está mais ou menos arrumado, que trabalheira insana! Enfim, encontrei. E, pelo caminho, «Le monde d'hier» de Stefan Zweig, «O Lobisomem» de Dumas - naquela edição dos Livros B, com as folhas em azul, que toda a gente achava feia e de que eu gostava, e o catálogo do museu Munch.

A convalescer desta actividade e dos espantos dos achamentos, leio que o FMI prevê que as economias da zona euro possam contrair 3,2%. Ia esmorecer e murmurar maus presságios, mas lembrei-me a tempo que o primeiro-ministro declarou que o FMI é uma organização sem prestígio.

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