Não sei quando, mas foi há muito tempo que ouvi falar pela primeira vez da Ultramarina, do José Maria Costa e Silva (Almarjão) e não foi há muito menos a primeira vez que lá fui. Ainda me lembro porquê: queria umas coisas do António Ennes sobre Moçambique, que teriam influenciado o pensamento de Eça de Queiroz sobre o império português por alturas da concepção d'A Ilustre Casa. E lá estava, fazendo jus ao que me haviam dito: «aí encontra-se tudo, ou ele arranja, ou sabe onde está» e muitas vezes depois, ouvi o seu nome por ocasião de achamentos miraculosos de obras que se julgavam há muito perdidas. E, também, sempre, do seu amor dos livros, pelo papel velho. Está de luto a gente da livralhada que ele há-de estar já na primeira antevisão de uma eternidade de velhas edições por encontrar, que é o céu dos que amaram de todo o coração os velhos livros.
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