Não gosto do Obama. A minha única consolação pela sua eleição é... ter sido eleito e vir aí o tempo dos actos.
Por aqui... por aqui, sabe-se que o governo depositou 500 milhões de euros num banco em situação difícil, suspeito de ilegalidades e o ministro das finanças ladeia a pergunta feita no Parlamento por um deputado (Louçã) usando o sigilo bancário como desculpa! Este tipo de resposta papalva põe-me fora de mim, pela mera possibilidade da sua existência. Se estivessemos num pais, não direi já do 1º mundo europeu mas, vá lá, de 2ª linha, diga-se, ao nível do Paraguai, um ministro não proferiria uma boutade destas e, se quisesse fugir à pergunta, fá-lo-ia de um modo se não verosímil, com alguma graça, usando um daqueles artifícios retóricos que nos fazem vacilar no gosto pela honestidade.
Aqui é isto... Toda a gente sabe que o sigilo bancário protege o cliente, o depositante. Se escrever neste blog que tenho 1000 euros depositados no Banco X, na conta Y não estou a violar nenhum sigilo bancário, porque sou eu o titular e o destinatário do direito ao sigilo. Por isso, o estado, depositante dos milhões, pode muito licitamente - e deve - dizer quanto e onde depositou. Ou seja, a resposta do ministro é, não apenas um atropelo à democracia, mas uma tolice que conta com uma ignorância ainda maior que a dele. Que tais infantilidades apalermadas sejam ainda possíveis eis a tragédia.
P.S. O pedido para que a oração fosse ouvida, de Purcell, em nada se relacionava com a eleição norte-americana.
Por aqui... por aqui, sabe-se que o governo depositou 500 milhões de euros num banco em situação difícil, suspeito de ilegalidades e o ministro das finanças ladeia a pergunta feita no Parlamento por um deputado (Louçã) usando o sigilo bancário como desculpa! Este tipo de resposta papalva põe-me fora de mim, pela mera possibilidade da sua existência. Se estivessemos num pais, não direi já do 1º mundo europeu mas, vá lá, de 2ª linha, diga-se, ao nível do Paraguai, um ministro não proferiria uma boutade destas e, se quisesse fugir à pergunta, fá-lo-ia de um modo se não verosímil, com alguma graça, usando um daqueles artifícios retóricos que nos fazem vacilar no gosto pela honestidade.
Aqui é isto... Toda a gente sabe que o sigilo bancário protege o cliente, o depositante. Se escrever neste blog que tenho 1000 euros depositados no Banco X, na conta Y não estou a violar nenhum sigilo bancário, porque sou eu o titular e o destinatário do direito ao sigilo. Por isso, o estado, depositante dos milhões, pode muito licitamente - e deve - dizer quanto e onde depositou. Ou seja, a resposta do ministro é, não apenas um atropelo à democracia, mas uma tolice que conta com uma ignorância ainda maior que a dele. Que tais infantilidades apalermadas sejam ainda possíveis eis a tragédia.
P.S. O pedido para que a oração fosse ouvida, de Purcell, em nada se relacionava com a eleição norte-americana.
Sem comentários:
Enviar um comentário