domingo, agosto 08, 2004

A perfeição não existe! Charlotte acha que se deve escrever linque. É medonho, salvo o devido respeito, parece uma gralha de "líquen". Antes "lig", se se quiser abreviar, conceder à preguiça da sílaba única em que o inglês, por motivos históricos de todos conhecidos, é tão rico.
Sigo, também eu, a discussão sobre ortografia. As crianças não lêem, e não lêem por não haver quem lhes desperte o gosto pela leitura e o ensino do português é de tal modo deficiente que, outro dia, um sobrinho, bom aluno e inteligente, a quem dei um texto a ler me surpreendeu com uma leitura sincopada, hesitante, quase de analfabeto. "Não lêem em voz alta, na escola?", perguntei. "Não", respondeu-me ele. Nem poesia se lê em voz alta! E quanto ao prazer de ler uma obra literária, não me parece que a grande maioria dos actuais professores seja capaz de despertá-lo. O que se faz, parece-me, é obrigar os alunos a decorar teses sobre 4 ou 5 obras ou autores. Mas ler? Ler, não lêem.

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