domingo, dezembro 21, 2008

Entretanto, as primeiras inquietações de Inverno:

«O crédito do país - de que depende o pão nosso de cada dia - foi ilustrado pelo falhanço do empréstimo (com aval do Estado) da Caixa Geral de Depósitos, que é um banco do Estado. E, se não há crédito para o Estado, para quem há crédito? Para ninguém. Milhares de empresas fecham ou ameaçam fechar. O desemprego aumenta. Os salários diminuem. A pobreza, envergonhada ou não, começa a parecer intolerável. E gente normalmente sensata prevê um protesto social violento. Se por acaso não se enganar, o que vai acontecer a uma sociedade com instituições políticas degradadas, com uma economia obsoleta e uma classe dirigente irresponsável? Uma vida comatosa e resignada? O colapso do regime? Qualquer coisa nova que não conhecemos e que, portanto, estupidamente, não nos preocupa?»

Vasco Pulido Valente, in Público

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