terça-feira, abril 10, 2007

Um outro dado revelado pela investigação do RCP aponta para que um ano antes da conclusão da licenciatura, em Outubro de 1995, o então secretário de Estado adjunto do Ministério do Ambiente assumiu o título de Engenheiro no decreto de nomeação para o Governo de António Guterres publicado em Diário da República.

in Público de hoje.

Afinal é um caso vulgar de abuso que, filho da vaidade ou de outro qualquer malsão motivo, se traduz no uso de títulos que não podiam ser usados, a coberto do hábito de agir na mais absoluta impunidade.
Se fosse lá fora era demitido (aliás, demitia-se de motu proprio) e, depois de um estágio na Betty Ford Clinic (academic title addict) poderia voltar, daqui a uns anos.
Isto, claro, resolve, de vez, a questão de todos os que escreviam coisas como esta: "Cerca de três semanas depois, não vejo razão nenhuma para alterar a minha posição inicial. A comunicação social continua sem encontrar nada -- repito, nada -- que lhe permita inferir sem margem para dúvidas que José Sócrates não «agiu sempre de forma limpa, leal e legal".

Já disse à minha empregada - dado que não tem responsabilidades públicas - para escolher um título académico que lhe agrade. Ela riu-se e disse: «lá está o sr. dr...» Insisti que pensasse bem, mas ela é antiquada - embora da idade do Sousa - e não quer usar coisas a que não tem direito. Eu não desisto, por achar que ela tem cara de licenciada - ou mesmo mestrada - em engenharia doméstica.

Sem comentários: