Creio que não é novidade.
Há muito que a imagem de Portugal no exterior é a de um país corrupto.
Quanto
aos juízes: não creio que a renuneração seja um problema. Em
Inglaterra - naquele país onde não há ditaduras - 75% das acções são julgadas por pessoas comuns, em voluntariado, que têm uma formação de algumas semanas e que recebem
apenas modestas ajudas de custo para deslocações, não vendo ninguém nesse regime qualquer problema ou
ameaça à independência judicial - que, por aqui, se eleva às altura de uma essência diafana e inefável, quando consiste na produção de decisões de acordo com a lei e não consoante o desejo do poder executivo. A tese que subjaz é a de que o dinheiro, ou a
falta dele, deixam os juizes nas mãos do executivo. Não menos deixa o excesso de benesses e a expectativa de mais...
O que assegura a independência e a imparcialidade - coisa diferente da «independência» - dos juízes não é o dinheiro: é a honestidade e uma cultura que a premeie.
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