sexta-feira, janeiro 27, 2012

Sobre o «acordo» ortográfico

O «acordo» é um assunto da(s) maçonaria(s), que tomou a seu cargo os desejos da(s) sua(s) congénere(s) brasileira(s). Na posse deste dado, a que convém acrescentar as revelações recentes, o que lhe parece agora estranho ficará claro: a falta de discussão no parlamento, as pequenas e maiores sabotagens, os apoios que falecem, as adopções pelos jornais, a imposição nas escolas pela ministra alçada, mulher de vilar, maçon ou para-maçon, ex-presidente da Gulbenkian que pagou o dicionário do malaca, não terá qualquer dificuldade em perceber. O impulso processual deste «acordo» foi dado por Sarney, o ex-presidente brasileiro que junta à sua pertença à maçonaria o lugar na academia brasileira de letras - a que atribuiu recentemente o seu maior prémio a Ronaldinho Gaúcho,  Acrescente-se a isso uma corrupção tropical, combinada com anseio dos literatos lusitanos de não haver quem os compra  (como Flaubert já notava a propósito de outras gentes) e ter-se-á a receita miserável do «acordo».

Um dos erros cometidos pelos intelectuais portugueses sérios, do Prof. Victor Aguiar e Silva ao Prof. António Emiliano, terá sido o de pensarem que os seus reparos demolidores, que reuniam a qualidade académica à sensatez, se imporiam a este atrevimento rufia.

A questão, no entanto, como disse o malaca*,era política, não línguística, e o Estado Português, colapsado, não podia  - nem pode ainda - dar a resposta devida.

E como vejo no governo representantes dessa massa falida que é Portugal hoje, não creio que a coisa mude tão rapidamente. Mas mudará!

* permito-me um idiossincrasia ortográfica: escreverei sempre com minúscula os nomes relacionados com os responsáveis pelo «acordo».

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