terça-feira, julho 13, 2004

De Maîstre li pouco: "Les considerations sur la France". Quando resolvi comprar "Les soirées de Saint-Pétersbourg" recuei perante o tamanho da obra - e preço (encontrei uma parte substancial publicada "on line" mas detesto ler no "écran"). Sobre Maîstre li, essencialmente, o que escreveu Berlin.
Ontem encontrei, transcrito por Sir Isaiah, um dos mais sombrios, ferozes e belos textos de Maîstre:
"...Cependant quel être [dans le carnage permanent] exterminera celui qui les extermine tous? Lui. C'est l'homme qui est chargé d'égorger l'homme... Ainsi s'accomplit... la grande loi de la destruction violente des êtres vivants. La terre entière, continuellement imbibée de sang, n'est qu'un autel immense où tout ce qui vit doit être immolé sans fin, sans mesure, sans relâche, jusqu'a consommation des chôses, jusqu'à l'extinction du mal, jusqu'à la mort de la mort"

Um grande texto contra o tédio que, infelizmente, parece ser um desagradável efeito secundário das boas intenções bem sucedidas. Aliás, a única fraqueza do texto é essa: é, também ele, bem intencionado. Sobrevive a essa mácula, contudo, e o terror do homem entregue ao seu tenebroso destino não deixa de estar magnificamente descrito, de provocar, mesmo hoje, algum medo. Diria, um sadio medo.

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