A classificação da Moody's produziu um estremeção de indignação no País. Já não era sem tempo, um sinal de vida, fosse pelo que fosse. Foi a propósito do downgrade da dívida portuguesa - que me apresso a conceder tenha sido feito com vilíssimas intenções. Pena que a reacção, ao invés de se traduzir em declarações firmes de mudança de vida, se fique pelas vociferações e esbracejares patéticos, a fazer lembrar as eructações patrióticas por alturas do Ultimatum.
A realidade, tal como a descreve um filho de um amigo meu, criança avisada que faz o seu doutoramento lá fora, é esta:
«Imagine a country whose government didn't run a single budget surplus since (at least) 1976; for that matter, suppose the deficit was never below 2% of GDP; in the period 2001-2010, annual growth for this country averaged approx. 0.5% (corresponding to the 158th best performance worldwide); this country is likely to be the only one to be in a recession in 2012 worldwide. Imagine the story is even more complicated than this. Shouldn't rating agencies warn investors about the risks of buying bonds from such a country?»
Alguma dúvida?
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