Itinerário nocturno
Não é exactamente uma insónia, pelo bom motivo de que já poderia ter voltado a adormecer e resolvi aproveitar para ler a última crónica de Miguel Esteves Cardoso, que me escapara à tarde. Não ler Esteves Cardoso é um sinal de péssimo gosto e, em quem, como eu, o admira, um sintoma de desleixo e de perturbação moral que me atormenta.
Ia, por isso, lê-lo, mas impera, no meu iphone, uma desarrumação tal que fui parar a uma troca desgradável de posts sobre graffiti, abuso policial e geral prosápia que remetia para o mais enfadonho que pode existir entre nós, portugueses.
Não é exactamente uma insónia, pelo bom motivo de que já poderia ter voltado a adormecer e resolvi aproveitar para ler a última crónica de Miguel Esteves Cardoso, que me escapara à tarde. Não ler Esteves Cardoso é um sinal de péssimo gosto e, em quem, como eu, o admira, um sintoma de desleixo e de perturbação moral que me atormenta.
Ia, por isso, lê-lo, mas impera, no meu iphone, uma desarrumação tal que fui parar a uma troca desgradável de posts sobre graffiti, abuso policial e geral prosápia que remetia para o mais enfadonho que pode existir entre nós, portugueses.
Bocejava desaprovadoramente quando, scrollando, surgiu o nome já quase esquecido da pastoral portuguesa (que, por fracções de segundo associei a uma contrafacção de queijo brie). E sim, havia posts recentes, já de Outubro. O suficiente para me reconciliar com a inteligência lusa.
Agradeço ao A. deles o happy end da minha insónia e dedico-lhe o "coisas de que gosto". O porquê da dedicatória é muito claramente dedutível: isto - lembrou-me que eram os Duques de Bedford os possuidores de algumas telas de Canney-Letty, que pinta no mundo em que Fritz Languid filma.
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