À medida que lia, mais me convencia das semelhanças entre o violador de Telheiras e o estado português. Um violador de repartição que transferiu para a sua actividade mais flagrantemente delituosa a meticulosidade chata dos procedimentos administrativos.
Dúvidas?
«É que, após o interrogatório e antes de abandonar o local, o suspeito exigia-lhes as respectivas carteiras, sacos ou mochilas, que revistava minuciosamente, incluindo todos os documentos.
Também os telemóveis eram detalhadamente vistoriados e lidas as mensagens.» e «o agora acusado apropriava-se também e em regra do dinheiro das vítimas. Começava por as mandar esvaziar os bolsos e as carteiras ou sacos, exigindo-lhes que lhe entregassem o dinheiro.»
Não seria surpreendente que tivesse avisado alguma das vítimas de que tinha o BI caducado ou a morada desactualizada.
E que a Justiça lhe levasse tal à conta de atenuante.
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