segunda-feira, maio 07, 2007

O cosmopolismo familar - do lado paterno é de origem húngara e do lado materno pertence a uma família de judeus de Salónica - ainda poderá alguma coisa perante a rasa monotonia e o culto da mediana necessários à sobrevivência a 30 anos de vida política francesa? Je m'en doute...
Mas poderá ter alguma graça ver o filho do aristocrata húngaro fugido para a Alemanha em 1944 para escapar aos exércitos comunistas e, depois, emigrado - não emigrante - em França, perdidos o castelo (queimado pelas tropas soviéticas) e os domínios da família, ver Nicolas Paul Stéphane Sarközy de Nagy-Bocsao no palácio do Eliseu.

Um presidente da república senhor de Nagy-Bocsao... e meio-irmão de um banqueiro de Nova York, essa exclusivissima nova aristocracia, e tudo celebrado com alegria pelos aldeões do senhorio, lá na longínqua Hungria, é um compromisso feliz entre, uhmmm, uma ária campestre de Gluck, um ballet de Lully e uma peça de Cage.
Tem o seu chic.... Tem chic a valer, como diria Salcede. Estes franceses! Do goulash ao panache, acabam sempre por nec mergitur.

2 comentários:

Anónimo disse...

Há poucos comentários neste blog.
As pessoas devem ficar intimidadas com tanta erudição.

impensado disse...

Informação Wikipedia e Genealogia do Sapo (http://genealogia.netopia.pt/pessoas/) eis ao que se resume a "erudição"...