sexta-feira, agosto 06, 2010

À medida que lia, mais me convencia das semelhanças entre o violador de Telheiras e o estado português. Um violador de repartição que transferiu para a sua actividade mais flagrantemente delituosa a meticulosidade chata dos procedimentos administrativos.
Dúvidas?

«É que, após o interrogatório e antes de abandonar o local, o suspeito exigia-lhes as respectivas carteiras, sacos ou mochilas, que revistava minuciosamente, incluindo todos os documentos.
Também os telemóveis eram detalhadamente vistoriados e lidas as mensagens.»
e «o agora acusado apropriava-se também e em regra do dinheiro das vítimas. Começava por as mandar esvaziar os bolsos e as carteiras ou sacos, exigindo-lhes que lhe entregassem o dinheiro.»

Não seria surpreendente que tivesse avisado alguma das vítimas de que tinha o BI caducado ou a morada desactualizada.

E que a Justiça lhe levasse tal à conta de atenuante.

quarta-feira, agosto 04, 2010

Em Portugal há muito que não há dilemas morais (e, por isso, políticos, que é uma disciplina da moral), desde logo porque tudo aqui é e, também, com modorra e sem pasmo, o seu contrário.
Assim, grande parte das grandes questões da cultura do mundo - e as oriundas da tradição racional do ocidente, em particular - são entre nós coisas supérfluas e incompreensíveis.

terça-feira, agosto 03, 2010

Soía trazerem estes primeiros dias de Agosto o que agora falta: inícios entusiasmados e brisas.

segunda-feira, agosto 02, 2010

A Bloomberg transmite a notícia do aumento em 4% acima do previsto da despesa pública portuguesa. Classificou-a de painful.
Mas, por cá, parece que não, que não é coisa grave.